Roma: «Fontana di Trevi» pintada de vermelho para recordar sangue dos mártires cristãos
A ‘Fontana di Trevi’, na capital de Itália, vai ser tingida hoje de vermelho para recordar o sangue dos cristãos que foram mortos por ódio à fé, numa iniciativa da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
“A violação do direito de liberdade religiosa deve tornar-se um tema central no debate público, para evitar o risco da indiferença e o perpetrar de uma intolerável agonia”, explica promotora do evento.
A iniciativa “inédita” pretende mobilizar a sociedade para a realidade da violação do direito de liberdade religiosa e dos cristãos perseguidos.
O presidente internacional da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre vai intervir na vigília e considera que dessa ação, de Roma, vai elevar-se “uma voz incómoda, profética”.
Para o cardeal Mauro Piacenza, é decisivo rezar e agir para que “os corações das pessoas se abram para enxugar as ‘lágrimas de Deus’ onde quer que ele chore” e convida a fazer “memória do sangue dos mártires cristãos, derramado por causa da violência dos homens e do pecado no mundo”.
A AIS vai dar voz “a histórias e testemunhos do martírio cristão” tingindo de vermelho o mármore da Fonte di Trevi, através de um feixe de luz.
O bispo caldeu de Alepo (Síria), D. Antoine Audo, vai participar na vigília promovida pela secção italiana da fundação pontifícia.
O secretariado português da AIS acrescenta que, entre os muitos cristãos martirizados que vão ser lembrados na jornada de oração, se contam as irmãs da congregação da Madre Teresa de Calcutá, assassinadas no Iémen no início do mês de março.
A AIS italiana tem recebido o apoio de diversas entidades ligadas à Igreja Católica, como a Comunidade de Santo Egídio, o Movimento Comunhão e Libertação, o Movimento dos Focolares, ou órgãos de comunicação social católica como o jornal ‘Avvenire’ ou a ‘Catholic News Agency’.
A jornada de oração num dos mais visitados pontos turísticos de Roma começa às 20h00 locais (menos uma hora em Lisboa) e vai ser transmitido em direto pelo canal de televisão da Conferência Episcopal Italiana, a “TV2000”.
O presidente da Conferência Episcopal Italiana considera que a ocasião é um momento para “oferecer a todos um sinal da presença”.
O cardeal Angelo Bagnasco espera um “aumento de sensibilidade” sobre o tema da liberdade religiosa e que “produza frutos de compromisso e de participação ativa”.
A AIS, fundada em 1947 pelo padre Werenfried van Straaten, é uma organização que realiza projetos de financiamento da pastoral da Igreja nos lugares onde é perseguida.
Fonte: Agência Ecclesia
Foto: AIS